Boavista - 2 Sporting - 0

(15.ª jornada)

O Sporting alinhou com:

Rui Patrício;
Abel, Tonel (Pereirinha aos 71'), Polga e Ronny;
Miguel Veloso, João Moutinho, Romagnoli (Izmailov depois do intervalo) e Vukcevic;
Liedson e Purovic (Paez aos 71').

O Boavista começou melhor o jogo, criando algumas jogadas de perigo, mas depois dos primeiros 15 minutos passou a ser o Sporting o mais dominador. Vukcevic teve uma jogada espectacular por volta do minuto 18 e começou aí também a grande exibição do GR Jehle.

O jogo passou a desenrolar-se com o Sporting a acercar-se mais vezes da baliza boavisteira e com o Boavista remetido a um jogo mais de contenção e de contra-ataque. E Marcelão começou a assumir-se, junto com Ricardo Silva, como um dos "homens do jogo", tal era a quantidade de jogadas que ia conseguindo "desfazer".

Ao minuto 39, na sequência de um canto, o Boavista chegou ao golo, por Marcelão (quem mais?), numa altura em que era a equipa leonina aquela que parecia estar mais perto de conseguir o golo.

Ao minuto 42, num livre de Ronny, Jehle voltou a defender, mas criando a sensação de que a bola poderia ter "espirrado" para a baliza. Pouco depois foi Miguel Veloso a rematar ao lado, em mais uma jogada interessante do ataque leonino.

O intervalo chegava com o Sporting a perder, o que na altura me soava um pouco a "injusto".

O início da 2.ª parte trouxe um Boavista atrevido... mas pouco depois o Sporting, já com Izmailov em campo desde o reatamento do jogo, principalmente entre os minutos 52 a 59 apresentou um futebol avassalador, criando 3 ou 4 oportunidades de golo... que Jehle, a azelhice de Liedson e o poste impediram que se tivessem concretizado em golo, o que já era mais do que justo que acontecesse. Mas assim não foi!...

O Boavista equilibrou depois o jogo, mas o Sporting, após as entradas de Paez e Pereirinha, voltou a forçar e a criar mais oportunidades de perigo. Jehle, ao minuto 76 e Marcelão, ao minuto 79, impediram que o Sporting tivesse conseguido o empate.

Pouco depois, ao minuto 83, com a equipa do Sporting completamente descompensada, foi o Boavista a "matar o jogo", com mais um golo em puro contra-ataque, desta vez por Jorge Ribeiro, que aparentava estar já completamente "estoirado". Mas a verdade é que foi ele a "estoirar" com a equipa leonina, que termina a 1.ª volta do campeonato a 3 pontos do Benfica (mesmo com Katsouranis e Luisão aos empurrões no jogo que empataram em Setúbal) e a 12 do Porto (que voltou a vencer com mais um "brinde" de um GR, desta vez Taborda, da Naval).

Li e ouvi, na imprensa escrita e falada, que esta vitória tem muito mérito da equipa do Boavista (e tem), mas a verdade é que quando os jogadores que mais brilham são o guarda-redes e o defesa central, isso também é prova cabal de que a outra equipa não deve ter andado ali apenas "a ver jogar"! É óbvio que Zé Kalanga, Diakité, Fleurival e Jorge Ribeiro, por exemplo, também estiveram muito bem e fizeram boas exibições, mas o Sporting, no cômputo geral - na minha opinião -, fez um jogo bastante aceitável, criou muitas e boas oportunidades de golo, mas acabou por não ter a mínima sorte do seu lado. Houve alguma precipitação, houve alguma desorganização, alguns jogadores estiveram muito desinspirados... mas também não houve aquela "pontinha de sorte" que qualquer equipa precisa. Por exemplo, quem este fim de semana viu o golo de Mantorras e a forma como a bola entrou... e quem viu "o brinde" de Taborda, antes do golo de Raul Meireles, percebe o que quero dizer. Ah, e qualquer vimaranense entende o que significa essa "pontinha de sorte" que menciono, já que o Vitória, no jogo com o Estrela, mandou 5 bolas aos ferros... mas perdeu por 4-1!
No Bessa, ou era Jehle... ou era Marcelão... ou era o poste... ou era Liedson isolado a rematar ao lado... ou era Bruno Pinheiro a aparecer no caminho da bola... e no caso deste último até os braços ajudaram (embora não possa dizer que houvesse motivos para penaltie, tal a força do remate do jogador leonino).

Enfim... uma derrota que coloca o Sporting, muito provavelmente, no lugar que merece, face a todas os condicionalismos (lesões, restrições financeiras, etc) e valor actual do plantel, recheado de jovens a quem tem de ser dado "tempo".

Vamos ver o que dá a 2.ª volta... e venha de lá agora o jogo da Taça da Liga (atenção, o Vitória de Setúbal está muito bem)!

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ULTIMA HORA: entretanto, neste momento, já é notícia a rescisão de Paredes (o que abre mais "espaço" a Adrien Silva)... e a demissão de Carlos Freitas do cargo de administrador da sociedade desportiva (a quem se abrirá "espaço"?).